Bem, depois do café da manhã, saímos em busca do shopping da cidade. Ele fica a mais ou menos a quatro quadras do hostel, e como todos sabem, mochileiro que é mochileiro conhece a cidade que está visitando nos mínimos detalhes, e como ele faz isso? óbvio, andando. E foi o que fizemos. Saímos desembestadas com o mapa na mão em busca do templo do consumo.
O dia hoje amanheceu lindo, céu azul e sol escaldante, em cada construção que passávamos era um tal de fiu-fiu pra lá, fiu-fiu pra cá. O nosso desfile pelas avenidas de Punta del Este pelo menos serviu pra alguma coisa, além de manter a forma. Fizemos a alegria dos peões de obra. hehehe.
Chegamos ao Punta Shopping, pra ser sincera, não ví nada demais. Espereva uma construção grandiosa, igual a muitos edifícios que tem aqui. Pelo que percebi, o forte aqui em Punta são as lojas de rua, pois vimos muitas grifes famosas na avenida principal. Pois bem, rodamos um pouquinho, Indira fez compras e voltamos para o centro, para comprar algumas coisas que faltavam.
Estavamos com pressa e paramos para almoçar, tínhamos marcado uma excursão para às 15h. Quando chegamos ontem ao Albergue, colhemos informações sobre os passeios disponíveis. Desejava muito ir à Cabo Polônio, que é um parque de preservação dos Lobos Marinhos, porém não tinham mais vagas para este tour, pois o parque tem uma cota diária de visitantes, então, sem opção, fechamos um city tour pela cidade (500 pesos uruguaios) e no final, com direito a vista à Punta Ballena, onde está localizada a Casapueblo.
No horário marcado, a Van chegou. O motorista muito gentil chamava-se Júlio. Dentro do veículo já estava um casal de brasileiros, a Mara e o Ronaldo, paulistas super simpáticos. Mais adiante uma parada no Cassino Conrad (ai que tentação!!!!) Subiram, uma perua, que nos contou que tinha comprado um pacote exclusivamente para ficar hospedada no hotel do Cassino apostando, e mais 5 pessoas de uma mesma família. Antes de começarmos o tour, uma última parada pera buscar mais um casal de patriotas.
Começamos com uma volta pelo porto, onde pudemos ver os Lobos Marinhos aproveitando os sobejos de peixe jogados na água pelos pescadores. Segundo informação do Júlio, eram lobos jovens, mas imensos. Depois, passamos pelo farol, pela matriz da Candelária até chegarmos a ponta da Península, onde o Oceano Atlântico se encontra com o Rio Prata.
Seguimos viagem passando pela parte nobre da cidade. Gente, era cada mansão de tirar o fôlego, casa com telhado vitrificado, casa com telhado de palha feito de um junco que é retirado dos rios e tem durabilidade de 20 anos, apartamentos de até 600 metros quadrados e pasmem, cada apartamento desse condomínio tem uma piscina particular com raia de 50 metros. Ficamos surpresas ao saber que a maior e mais valiosa residência de Punta del Este, pertence a um empresário brasileiro chamado Alexandre Grendene (dono da marca Melissa) e está localizada em um condomínio, cujo os terrenos são vendidos em quadras, ou seja, cada casa é construída em um querteirão. É tudo muito exagerado, Achei que estava em algum balneário badalado da Europa, como por exemplo Ibiza.
Até chegramos a Punta Ballena, passamos por uma ponte ondulada (com emoção, deu até frio na barriga) e por Maldonado, mas foi muito rápido. Porém, o melhor ficou mesmo para o final. A Casapueblo.
Difícil definí-la, mas posso dizer que é uma grande escultura, onde estão localizados um museu, hotel e galeria de arte. Esta é a casa de verão do artista uruguaio Carlos Paez Vilaró e lembra muito as casinhas das encostas da Ilha de Santorini no Mar Mediterrâneo. Não poderíamos ter terminado o nosso dia melhor, contemplando o por-do-sol, admirando obras de arte e agradecendo aos céus, por esta viagem fantástica.
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