domingo, 17 de abril de 2011

De volta a Montevideo

Hola!


Colônia nos deixou saudades... Valeu muito a pena ter passado estes dois dias na Cidade, que é apaixonante, com um ar romântico e com um povo bastante hospitaleiro! Mas, vamos prosseguindo na missão de arrumar a mala para a nossa próxima e última parada, antes de "volver" a nossa casa, iremos passar mais 3 dias em Montevideo.




O check-out no hostel em Colonia é o mais cedo que nós já pegamos, o horário de saída são às 10h30. Então, acordamos cedo porque tinhamos que ir para rodoviária comprar as passagens para Montevideo no ônibus das 10h30, mas dessa vez viajamos pela empresa Turil, com wi-fi mas com as poltronas pequenas e duras.




No balcão de compra, falamos com o vendedor que queríamos ficar longe do banheiro, pois a viagem para Colonia pegamos duas janelas, mas nas últimas poltronas, pire aí? Então pedimos bem na frente e não é que ele colocou a gente na primeira fileira, mas este onibus é daqueles que você tem a visão do motorista e a visão foi o must!




A rodoviária de Montevideo estava lotada! Acho que nos finais de semana a galera aproveita pra visitar os parentes no interior e também, o feriadão da Semana Santa está se aproximando também. Paramos no cambio para trocar mais grana, porque tínhamos que pagar o hostel no check-in.


O taxi da rodoviária de 3 cruzes para Pocitos Hostel custou 87,00 pesos uruguaios. O hostel é lindo, a fachada toda de pedra, estilo colonial. Na recepção nos apresentamos e conhecemos Matcho, que perguntou de onde nós éramos, quando falamos brasileiras, mais precisamente da Bahia, ele gritou logo: Bahia, Chiclete com Banana, carnaval!! Está é a nossa sina.


Ele nos relatou que 4 amigos deles ganharam numa promoção da Sminorff. e foram passar o carnaval na Bahia com tudo pago, o pacote estava incluso bloco do Camaleão, Camarote do Nana Banana e hospedagem. Isso sim é que é promoção!


O quarto é coletivo só para meninas e o banheiro é compartilhado, em Colonia era quarto mistom mas ficamos sozinhas durante a nossa estadia e até o momento, não temos ninguém no nosso quarto, mas acho que está noite já teremos companhia.


Como nós não perdemos tempo, pegamos algumas informações de lugares que poderíamos ir perto do hostel e nos indicaram o Shopping Puenta Carreras, onde antes funcionava uma presídio e um dos dententos mais ilustres é o atual presidente do Uruguai, José Mujica.


O shopping Puenta Carreras é lindo! Ele está no nível do Salvador Shopping em Salvador, várias lojas de ponta, bem estruturado, corredores largos e muito bem frequentado, já que está localizado na parte nobre da Cidade, no bairro de Pocitos.


Estávamos de rango, então antes de darmos uma geral no shopping, decidimos comer, pois estávamos morrendo de fome. Fomos pro 3 piso na área de alimentação e paramos num restaurante típico uruguaio, onde vimos cada prato saindo que nos deu água na boca, ficamos parecendo cachorro olhando pro prato das pessoas, como não sabíamos os nomes dos pratos, pedimos uma informação para uma mulher e ela nos falou que o prato se chamava "La picada" que era carne e choriça e que tinha como acompanhamento salada ou papas fritas e, foi esse mesmo que pedimos, pense numa delícia?! Era esse prato, antes de volver ao Brasil iremos comê-lo novamente.



Estômagos forrados, fomos bater perna e ver se tinha alguma coisa que gostássemos e não é que gostamos? Novidade né? Eu comprei uma "bufanda" (cachecol) marrom linda e que esquenta que é uma beleza! Goreth até que enfim, comprou a carteira de couro, cor vermelha, por uma bagatela de 650,00 pesos uruguaios (aproxidamente 65,00 reais) e um anel de ouro e prata por 650,00 pesos uruguaios.

Tínhamos um plano de conhecer a noite uruguaia, então voltamos para o hostel para nos arrumarmos. A menina do hostel tinha recomendado duas boates que ficava perto do shopping, mas depois descobrimos que a Lótus, uma das indicações custava os "ojos" da cara!


Então, fomos tomar café pro lado do shopping, pois ficava perto das boates, mas chegamos no Mc café e tudo estava caro, então decidimos ir numa delicatesse que ficava em frente ao shopping, do outro lado da rua. Entramos pedimos, medialunas recheadas com "queso e jámon" e cappucinos, que acompanha com um copo de água com gás.


Vocês precisavam ver os três atendentes em cima da gente (risos). Parecendo urubu na carniça! Pedimos uma informação como chegar na Boate Lótus que ficava na orla e foi a partir daí, que a nossa noite mudou... Dos três, que nos ajudou foi Gaston, um menino de 21 anos, bastante descolado. Perguntamos onde poderíamos dançar salsa na Cidade e ele nos indicou uns quatro lugares, sendo que todos eram na Cidade Velha, que era do outro lado da Cidade. Conversa vai, conversa vem, ele nos ofereceu de nos acompanhar, mas só que ele largava o trabalho às 23h e ainda era 22h. Então decidimos esperá-lo ele largar o trabalho, mas quem não gostou muito foi a gerente dele, nos olhou com uma cara que minha nossa senhora. Perguntamos se estávamos atrapalhando, ele disse que não, para não nos preocuparmos, então beleza!


A loja fechou e ele pediu que esperássemos ele do lado de fora, que diga-se de passagem, estava batendo 12 graus. Mas, estávamos muito bem agasalhadas e ficamos aguardando ele no ponto de ônibus, pois iriamos pegar a linha 121 Cidade Velha, que custa 18,00 pesos.


A comunicação foi hilária, ora ele não entendia a gente, ora a gente não entendia ele, mas com o passar das horas a gente estava hablando que era uma beleza! Antes de ir pra boate, ele disse que estava cedo, que a boate só ficava boa a partir das 2h da madrugada, então fomos pro esquente, paramos num bar e pedimos um jarra de vinho tinto, como a gente faz aqui no Brasil, para não pagar bebida cara na boate, enche a cara fora e depois pede uma lá dentro e fica até o final da noite (kkk).


Fomos na boate, onde a entrada era 100 pesos, mas nós pagamos cada uma 150 pesos, pois Gaston ficou de pagar a consumação. E assim, adentramos na boate, estávamos gostando do som, música comum de boate, mas segundo Gaston, tocava de tudo, inclusive a salsa que tanto queríamos bailar. As horas foi passando e a boate enchendo, enchendo e enchendo, o dj se empolgou e começou a tocar os sucessos locais e as pessoas iam a loucura, muito engraçado gente, tinham que ter visto! Eu e Goreth claro, entramos no clima, depois ouvimos uns acordes conhecidos, vocês não acreditam como ficou engraçada a versão paraguaia da música Nega do Cabelo Duro e todo mundo cantando e dançando, tinha direito a paradinha da música pra galera soltar a voz e tudo... Rimos muito.


Mas, tava tudo indo muito bem pro nosso gosto, quando Gaston disser que iria fumar lá fora e não voltou mais! Isso mesmo, o nosso guia picou a mula sem dar um tchau! Go ficou assustada e perguntou: Indira, cadê Gaston? Acho que ele deu um Bob Nelson na gente.


Fomos lá fora pra tentar vê-lo e nada. Voltamos e ficamos mais um pouco, ficamos olhando as pessoas, a forma com que eles se divertem e dançam e fomos chamados por um grupo de amigos, era uma torre de babel, tinha irlandês, belga, espanhola, australiano e tinham dois meninos no grupo que se engraçaram pro meu lado e tive que dançar com os dois, já que estava ali, vamos nos divertir.


Já era umas 3h50 da manhã e decidimos ir embora, a nossa sorte é que não precisávamos no papel da entrada para sair, já que não era obrigatório consumir. O segurança perguntou se a gente iria voltar, nós dissemos que sim e ele nos deu uma carimbada nas mãos.


Saindo da boate, fomos em direção ao ponto de taxi e perguntamos ao taxista quanto custava uma corrida da Cidade Velha para Pocitos e ele disse que daria uns 91 pesos e fomos bater em retirada. Aqui é igual ao Rio de Janeiro, tem que saber o número da localidade para eles saberem em qual altura da avenida. Eu só me lembrava que era 26 e alguma coisa e Go chutou o restante, o motorista sinalizou que nós já estávamos na Av. Sarmiento e pedi para ir seguindo e avistei o hostel.


Graças a Deus deu tudo certo! Chegamos sã e salvas!


De qualquer forma, temos que agradecer a Gaston, porque se não fosse ele, não teríamos conhecdo a noite uruguaia.


Um parenteses para falar de Gaston: Saiu de casa aos 14 anos por violência doméstica, morou um ano e meio na rua de Montevideo, mas não deixou de estudar e trabalhar, hoje cursa Psicologia numa Universidade Pública e trabalha faz um mês na delicatesse onde nos conhecemos e tem uma plantação de maconha em sua casa, segundo eles são 3 pés para consumo próprio.


Inté.














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