A nossa estadia em Mendoza foi agradável, bastante proveitosa, porque chegamos e logo tratamos de fazer os passeios que as pessoas recomendaram, sem perder tempo! Foram 4 dias, dois intensos (passeios pela vinícolas, fábrica de azeite e das montanhas), passeios que duraram uma boa parte do dia ou o dia todo! Aí tiramos os outros dois dias para descansar e o outro para quê? PARA COMPRAR!!! kkkk.
A Cidade é bem bonita, as praças são enormes, bem arborizadas, a comida é excelente e barata, mas o trânsito... É coisa de louco! Existem pouquíssimas sinaleiras, existe faixa de pedestre, mas os carros não respeitam! Ficamos um tempão para poder atravessar uma rua, os carros passam em uma velocidade que só Deus pra proteger. Veo odiou Mendoza por causa disso, que não agüentava mais essa loucura, porque a gente não sabia de que lado vinha os veículos, era carro, moto, ônibus pra todos os lados, passava quem metesse a “cara” primeiro.
No hostel Puerto Del Sol, fizemos amizade com os funcionários, porque os hóspedes eram em sua maioria israelense . Que língua estranha era aquela gente?! Então o jeito foi hablar com Geerman (dono) que tem uma cachorra chamada Manuela, eita cachorra folgada! Só vivia esparramada no sofá. Tinha também Francisco, que Veo tratou de botar o “Chico” para limpar o nosso quarto, pois o mesmo disse que podíamos levar à chave do quarto, então a menina não pode fazer a limpeza. Como é de praxe, aonde quer que eu chegue, o povo fica louco pelo os meus pêlos (cabelo) e tinha um funcionário que é careca, o chamam de Pelado e o dono do hostel perguntou a mim, se eu não queria dar um pouco dos meus pêlos para ele. Coitado!
O café do hostel era muito pobre! Rolou um suco de laranja artificial (isso tem em todos), café super forte, umas broas duras que quase quebraram o meu aparelho e uns croissants. E o pior foi que o dono perguntou se nós queríamos manteiga, dissemos que sim, ele então desenrolou a manteiga que ele estava comendo, colocou no pires e deu pra gente, junto com a geléia.
Mais uma vez, de novo, novamente... Chegou a hora de arrumar as malas literalmente, sim, porque eu adquirir uma mala diante de tantos “regalos” para a grande família e para joy (rsrsrs). Então arrumamos os nossos trecos para última viagem antes de voltarmos pro nosso querido Brasil. Conversamos e decidimos de Mendoza voltaríamos para Buenos Aires ao invés de Córdoba, porque os próprios argentinos disseram que em Córdoba não tinha muita coisa pra se fazer. Depois de um papo, decidimos que voltaríamos para BsAs e ficaríamos mais uma semana para visitarmos La Bocca, Recoleta, Puerto Madero e fazer o passeio de trem para o Rio Tigre. Mudamos as nossas passagens, comunicamos aos nossos familiares e as nossas operadoras de cartão de crédito, lógico! Já pensou ficarmos bloqueadas, sem poder gastar os reais/pesos que nos restam?! NÃO PODE. Sabe lá quando iremos voltar a “cá”.
Nós praticamente fizemos um teste drive nas empresas que fazem transporte interestadual daqui da Argentina. De Buenos Aires para Bariloche, viajamos pela empresa Via Bariloche, gostamos do ônibus, as poltronas eram largas e confortáveis só que eram semi-camas, TV de LCD, Max (comissário de bordo) foi um fofo e o serviço de bordo foi razoável, daríamos nota 7,5. A viagem de Bariloche para Mendoza foi pela empresa Andesmar, fomos parecendo umas sardinhas! Poltronas nada confortáveis, a TV era pré-histórica, o banheiro, só para vocês terem noção, parecia banheiro da Estação da Lapa, pelo menos tinha o mesmo odor! E dizem que é uma das melhores empresas de viagem daqui da Argentina. Então decidimos pesquisar outras empresas para compramos as nossas passagens de Mendoza para Buenos Aires, como a gente ficou bastante horrorizada com última viagem decidimos em viajar pela empresa Chevallier, que estava com um horário bacana, onde sairíamos às 19h15 e chegaríamos às 8h.
Pois bem, quando subimos para o ônibus, vocês não têm noção da nossa cara de F-E-L-I-C-I-D-A-D-E, a gente parecia pinto no lixo! As poltronas eram gigantes, virava cama, TV LCD, cobertor, travesseiro e o rango MARAVILHOSO! A diferença da empresa Via Bariloche e Chevallier foi o rango, o cara começava a servir e não parava mais! Foi bala, vinho com um salgado, depois veio o jantar e que jantar! Teve entrada com pão, queijo e outras coisitas mais e depois venho o prato principal, que foi purê de batata, purê de beterraba e bife a milanesa e, ainda podíamos escolher a bebida: vinho, refrigerante ou água. Vocês pensam que acabou? Venho um café com uma bolacha doce como sobremesa e alguns instantes depois, lá vem o comissário de bordo aí gente! Oferecendo wisky ou licor. Diga aê se tá ruim?! Claro que não né. Pra eles nós damos nota 10!!!!! Se alguns de vocês vierem pra Argentina e desejar fazer alguma viagem de buzu, vá pela Chevallier.
Chegamos à rodoviária de Buenos Aires por volta das 8h, pegamos nossas mochilas e malas e fomos direto pro Milhouse, porque tentamos fazer a nossa reserva através da internet e não tinha vaga, depois tentamos via telefone e nada, mas Pablo (funcionário do hostel), disse que poderíamos ir pro hostel, que com certeza teria vagas para nós e assim o fizemos. Fomos pro ponto de táxi e adivinha o que aconteceu? Várias pessoas passaram na nossa frente porque os motoristas disseram que estávamos com muita bagagem e não dava para por no carro (kkk). Mas como não?! O taxista “a lá Airton Senna” de Mendoza, tinha um tanque de gás no fundo do carro e deu pra levar nossas bagagens e por que os daqui de BsAs não?! Eis que chegou um taxista e coube tudo no taxi, mas tivemos que pagar excesso de bagagem, pois deu 15 pesos a corrida, mas pagamos 20 pesos (10 reais). Go disse que o taxímetro estava marcando 15 pesos, mas ele disse que 5 era das bagagens.
Pronto. Guardamos as nossas malas no depósito até dar o horário para o check-in e fomos procurar um Itaú para sacarmos dindin (eu e Veo). Depois que subimos para o nosso quarto, arrumando as coisas na bolsa de passeio, dei falta da minha máquina fotográfica, esqueci no ônibus. Pedi pro pessoal do hostel ligar pra mim, já que não hablo espanhol e eles ligaram para empresa e disseram que era pra retornar a ligação na segunda-feira, pois o responsável pela limpeza do ônibus, só trabalha até as 17h. Espero que achem e tenho fé que acharei! Caso contrário, temos mais duas máquinas de Veo e Go.
Amanhã vamos para La Bocca! O nosso amigo japa/argentino, que conhecemos em Bariloche vai passar para pegar a gente às 10h.
Aguardem cenas do próximo capítulo.
Beijos.
P.S: ONDE ESTÁ WALLY? Synara (4º elemento?) Sumiu!!!! Passamos e-mail, deixamos recado no MSN e nada! Vamos ligar pro hostel de Bariloche para sabermos se ela continua em lá ou se já voltou pra BsAs.
Indira
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