Tivemos uma surpresa logo quando aportamos na Cidade. Estava tudo certo da gente ficar hospedada na casa da amiga da mãe de Veo, mas tentamos entrar em contato com ela nos números que a mesma nos deu para assim que chegasse ligasse, mas não foi bem assim... Os números dos dois celulares só caiam na caixa e não tinhamos o número da casa dela e muito menos o endereço. Veo pediu para a mãe que tentasse falar com Inês pelo skiye ou por telefone fixo e graças a Deus ela conseguiu e ligamos novamente para o celular e falamos com ela e aí veio a notícia, que não poderia nos pegar no aeroporto e nem nos receber em sua casa. Então, pegamos um bus (R$8,00) no Aeroporto Galeão para o Copa Hostel em Copacabana. Como nada é por acaso, foi bom que aconteceu isso, porque ela mora um pouco afastada dos points da Cidade.
No ônibus já fizemos amizade com uma cearense, que estava indo passar o final de semana com um paquerinha e uma carioca chamada Rita, que é louca pela Bahia. No trajeto passamos pela Cidade do Samba, onde vimos os galpões das escolas Portela e Grande Rio, todo queimado, inclusive o local está fechado, pois estão fazendo perícia.
Pegamos um engarrafamento enorme, por um instantes pensei que estava em Salvador, mas Rita (carioca) falou que a Cidade estava muito cheia, que o trajeto até o trabalho dela, levava uns 20 minutos, agora está levando 1h, 1h30 por causa dos constantes engarrafamentos. O bom é que fomos conversando e deu tempo de trocarmos algumas informações do que estava rolando na Cidade e olhe que o Rio de Janeiro está literalmente FERVENDO!! Tanto de temperatura quanto de festas, muitas festas de blocos, ensaios de escola de samba, projeto Verão Rio etc.
Chegamos ao hostel e ficamos sabendo que o check-in era a partir das 14h. Então pagamos o hostel e ficamos aguardando o horário para pegarmos a chave do quarto, pois o quarto (6 camas) e o banheiro eram coletivos. Enquanto isso, como acordamos muito cedo (2h da madrugada) e estávamos com mochilas, poderíamos ficar na recepção acessando a internet ou poderiamos ir pro espaço de convivência que tinha televisão com um móvel tipo cama, cheio de almofadas e a gente se jogou e dormimos até umas 14h, ainda tinha piscina, mas nós preferimos descansar um pouco para ter disposição para aproveitar a tarde e à noite.
Devidamente instaladas no quarto, arrumamos as nossas coisas nos armários que são oferecidos pelo próprio Hostel, mas não levamos cadeado. Então, tomamos banho e fomos pra rua almoçar, comprar os cadeados dos armários e depois visitar um amigo (Gustavo) que mora em Copacabana, onde fiquei hospedada em 2009, quando fui à primeira vez no Rio. Fomos pra casa de Gustavo passeando pela calçada e areias da praia de Copacabana. Chegando lá, apresentei-o a Veo e o mesmo pediu que eu mostrasse o apartamento para ela, quando cheguei ao banheiro e abrir à porta, adivinha que estavam lá dentro escondidas, com as caras mais limpas e se acabando de rir, JOSEMIRA e Mequinha (irmã de Jô!) Dei um grito, a primeira reação foi xingar ela (Jô) toda, mas depois eu abracei e beijei tanto a minha nêga, êita saudade retada!!
Praia de Copacabana
Pronto. O “putetê” estava completo! Rio bombando e Josemira na área, a diversão era garantida! Conversa vai, conversa vem, perguntamos o que iríamos fazer à noite. Comentei que estaríamos indo para o show de Tulipa Ruiz no palco armado no Arpoador e mais tarde para o show de Rita Ribeiro (inteira R$40,00 / meia R$20,00), no espaço Varanda Viva Rio. Jô e Mequinha toparam ir ao show conosco e Gu topou ir com a gente para Tulipa. Então fomos eu, Veo e Gu para Arpoador, chegamos ao show ouvimos umas 4 ou 5 músicas, mas depois que a cantora pediu pra todo mundo olhar para trás e ver pôr-do-sol lenhou... MARAVILHOSO! Pegamos uns chás mate-leão, que estavam sendo distribuídos de graça para o públiico, como também sandálias Ipanema, ambos patrocinadores do evento.
Veo e Indi
Tulipa Ruiz
Saímos e ficamos admirando a bela cena que estava em nossa frente, peguei a minha máquina para tirar umas fotos e tinha uma senhora muito simpática do meu lado, que estava bastante concentrada e olhando o espetáculo da natureza, virou pra mim e disse: Está beleza só está nos olhos de quem vê! Foto nenhuma vai mostrar está beleza... Palavras sábias as dela, mas como uma boa turista, eu queria era registrar tudo e eu não sou diferente, disse a ela. Depois veio um promotor e nos deu seda da boa e pediu pra gente ir visitar a loja, só no Rio de Janeiro mesmo... “Em se plantando tudo dá” diz o ditado popular.
Pôr-do-sol - Praia do Arpoador
Gustavo (nosso guia!)
Praia do Arpoador
Ao invés de voltarmos pro show, fomos para as pedras ver a vista de lá de cima! Gustavo foi o guia e mostrou o Arpoador e a praia de Copacabana para Veo, eu já conhecia e quem fez este papel na minha primeira vez, foi Jô e João. Paramos para tirar foto com Dorival Caymmi e Carlos Drummond de Andrade. Como o calor estava demais, Gustavo parou em um mobiliário urbano, que a Prefeitura montou ao longo da orla, para refrescar o pessoal que faz cooper, corre, joga bola e passeia pela orla. Ele parou Veo em um destes aparelhos e deu um banho nela! Muito bom! Depois fomos andando ao longo da orla e Gustavo nos deixou na transversal que daria na rua que iríamos pegar para ir pro Hostel.
Veo
Indi
Pensa que o dia acabou aí?! K-K-K, estava apenas começando. Fomos pro hostel tomamos um banho e saímos para assistir o show de Rita Ribeiro, uma artista maranhense que toca o ritmo Tecnomacumba. O show teve as participações dos cantores Chico César e Zeca Baleiro. E, detalhe, a plateia era totalmente gay, me senti no ensaio dos Mascarados. Gostei tanto do som que até comprei o cd para dar de presente para minha mãe.
Rita Ribeiro
Quarteto festeiro - Da esquerda pra direita: Indi, Veo, Mequinha e Jô
Zeca Baleiro, Rita Ribeiro e Chico César
Lindo show!
E, para fechar com chave de ouro a nossa primeira noite carioca, fomos pra Lapa! Um mar de gente e de diversidade, lá todas as tribos do mundo se encontram! E o mais bacana disso tudo, harmoniosamente... Digo mundo porque o que tem de gringo naquela Cidade, não está no gibi!
Samba nas ruas da Lapa
Todos os caminhos do Rio de Janeiro levam à Lapa!
Jo, Veo e Mequinha - Que felicidade...
Gente... E o melhor, quando chegamos felizes e saltitantes no Hostel e entramos no quarto que era pra ser só de mulheres, tinha um homem dormindo! Pire aê?! Veo disse logo: Oxente?! Mas o quarto é só de mulher. Aí ao inves de descermos logo para reclamar na recepção, fomos dormir e reclamar no dia seguinte. Falamos com uma coroa loira e ela tomou um susto e disse que iria falar com o segurança, mas nada aconteceu... Voltamos do café da manhã e ligamos o ventilador do quarto, minha gente o sapato do cara estava em cima do armário, perto do ventilador, quando o bicho começou a ventilar subiu um fedor de chulé desesperador e Veo gritando: Delsiga está porra Indira! Desliguei imediatamente. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk !!!
Voltando ao caso do homem no quarto da mulheres, o pessoal da limpeza chegou pra arrumar o quarto e viu o homem entrar abrir o armário e pegar algumas coisas e sair novamente, elas deram um berro e disseram: Este homem está fazendo o que aqui no quarto de vocês?! Isso não pode, onde já se viu isso?! Ele vai sair daqui agora. Como é o nome dele? Nós dissemos que não sabíamos, mas a outra viu que ele passou para o banheiro e mostrou quem era e ela desceu imediatamente atrás dele. Pois bem, deu um espaço de uns 10 minutos, ele sobe e começa a tirar as coisas de dentro do armário e pediu desculpas para a gente, porque a culpa não foi dele, deram a chave pra ele na recepção.
Detalhe importante... O espanhol era um pitel! hermoso! Uiii... Sortuda da Veo que viu ele só de cueca, saindo do quarto para ir ao banheiro.E assim terminamos o nosso primeiro dia das cariocas da casca, porque carioca da gema só quem nasce lá!
Beijusssssssssssssss